segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

LIBERDADE - FERNANDO PESSOA

LIBERDADE
Ai que prazer não cumprir um dever.
Ter um livro para ler e não o fazer!
Ler é maçada,estudar é nada.
O sol doira sem literatura.

O rio corre bem ou mal,sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.

Estudar é uma coisa em que está indistinta.
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ortografia - site seguro

Atenção ao site abaixo indicado. Além de mostrar as mudanças ortográficas, traz matérias interessantes sobre a língua portuguesa e outras áreas doconhecimento. Confira. Aproveite e estude para a SOMATIVA DE PORTUGUÊS do dia 02/12/09.


http://revistaescola.abril.com.br/edicoes-especiais/021.shtml

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Teatro - Profeta Gentileza

Um pouco da história do Preta da Gentileza vai nos ajudar no teatro que estamos preparando. .Visite o site indicado. Faça você também um bom trabalho!

http://oimpressionista.wordpress.com/museu-virtual-gentileza/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Projeto escola Solidária

O texto a seguir, será lido e estudado. Orgulhamos -nos por fazer parte desta escola: Colégio São Paulo


Instituição: COL SAO PAULO
Rede: Privada
Endereço: R EDUARDO PORTO 488
Cidade: BELO HORIZONTE (MG)
CEP: 30380-060
Telefone: (31) 33359822

Que problema a escola quis resolver com esse projeto:

O Colégio São Paulo - Irmãs Angélicas - BH percebe um distanciamento dos seus alunos em relação à realidade vivenciada por idosos, crianças assistidas por creches, enfermos da cidade e pouca participação na comunidade em que estão inseridos.

Descrição do Projeto:

Visando a propiciar aos nossos alunos um espaço no qual eles possam vivenciar uma escola onde tenham momentos de interiorização, autoconhecimento e resgate de valores importantes para trilharem o mesmo "caminho", mas com um novo jeito de caminhar, priorizando a formação de um mundo viável, mais humano e melhor, idealizamos há 02 anos e meio o Projeto Sorriso Solidário. O Projeto concentra sua atuação em creches, asilos e hospitais.
Tem como objetivo ampliar os horizontes do atual modelo educacional, possibilitando uma formação integral, resgatando valores e culturas, encaminhando jovens para a formação de um mundo melhor e mais justo. E ainda, resgatar atitudes de cooperação, participação, responsabilidade, altruísmo, comprometimento, mostrando que é possível abandonar a intolerância, a agressividade e os atos de transgressão, cedendo lugar para um ambiente tranquilo que habita no interior de cada um de nós.
As visitas ocorrem às quintas-feiras, à tarde, após um encontro com o grupo de alunos, pais, funcionários, professores e ex-alunos quando se preparam para as atividades. Os alunos vão sempre vestidos e pintados de palhaço. Distribuem balas e pirulitos. Quando retornam ao Colégio, na sala do Projeto é feito um momento de avaliação/partilha do que foi mais significativo para cada um. Encerra-se o dia com uma oração.
Realizam no decorrer do ano campanhas solidárias e arrecadam alimentos, roupas, balas, pirulitos, ovos de Páscoa, calçados, cobertores, brinquedos, escovas e pastas de dente e material escolar, que depois são distribuídos.
Apresentam peças teatrais e danças na creche e hospital, oficinas de balão, realizam o dia do amigo, celebrações cristãs e ruas de lazer.
No site do colégio, é possível acompanhar o andamento do Projeto (fotos, blog e campanhas) www.colegiosaopaulobh.com.br (Projetos Sociais e Sorriso Solidário)

Relação entre os saberes escolares e as práticas sociais:

A articulação entre os saberes escolares e as práticas sociais desenvolvidas acontecem também através do espaço da sala de aula. Este, deve ser um meio para a discussão do universo social vivenciado. Debates, reflexões e busca de solução - críticas, inovadoras e criativas.
Temáticas estabelecidas pelos alunos, para que as discussões se tornem mais significativas, são o eixo norteador do projeto "Sorriso Solidário".
É importante apontar que, em tais práticas pedagógicas, estratégias de estímulos são permanentes para que os objetivos elencados na fase de construção do projeto sejam atingidos. O aluno deve ser o co-autor do seu processo de aprendizagem e, através de atividades multidisciplinares e transdisciplinares, tornar possível a construção do conhecimento com sentido de utilidade e participação no meio em que estão inseridos.

Resultados:

O projeto apresentado é considerado de grande importância, uma vez que buscará atingir resultados, desenvolvendo nos jovens a cooperação, o autoconhecimento, o reconhecimento da multiplicidade de saberes e condutas, o respeito pelas diferenças, o desenvolvimento de habilidades e o exercício de práticas de cidadania e solidariedade.

O texto, a veracidade e a continuidade das atividades aqui relatadas são de responsabilidade da escola

Fonte: Site do colégio São Paulo



Leitura dos livros: "O Mistério do Caderninho Preto", de Ruth Rocha e "Pretinha,eu?" de Júlio Emílio Braz

Olá, 6º ano,
estou aguardando as postagens sobre os livros lidos e estudados.
O blog precisa estar sempre atual. O objetivo do blog é mostrar o que você escreve. A publicação de todos os textos é um exercício imediato à escrita. Mãos à obra e mantenha sua página atualizada.
Maria de Lourdes.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Matéria da Prova Parcial - 3ª etapa- valor: 10 pontos

Olá alunos,
verifiquem os conteúdos indicados para a prova Parcial. Aproveitem para estudar e tirar dúvidas.
►Artigo definido e indefinido livro texto : páginas 164 a 168. Gramática : páginas 156 a 160.
►Numeral - livro texto: páginas 180 a 183 . Gramática: páginas 186 – 190.
►Pronomes
Pessoal reto e obliquo
Pronome de tratamento
Pronomes possessivos
Pronomes demonstrativos
Pronomes indefinidos
Pronomes interrogativos livro texto: P. 201 a 209 . Gramática: P. 354 e 355.
Livro de literatura: " O mistério do caderninho preto", de Ruth Rocha. Ática.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

o que muda e o que não muda na Nova Ortografia da Língua Portuguesa

Sabemos que já houve muitas mudanças ortográficas na nossa língua pátria. O Novo acordo Ortográfico tem causado polêmicas e dúvidas. O endereço postado tem o objetivo de ajudá-lo. Na dúvida, confira!
http://www.atica.com.br/novaortografia/manual_nova_ortografia.pdf

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O mistério do caderninho preto Ruth Rocha - roteiro do livro.

Oi, turma,
alguns de vocês ficaram sem a atividade especial do livro. Para facilitar o trabalho clique no endereço abaixo. Faça as atividades para o dia 02/10.
Um abraço.
http://cid-1c824aadcba8f737.skydrive.live.com/self.aspx/Material%20Blog/caderninho%20preto/Roteiro%20de%20estudo%20o%20mist%c3%a9rio%20do%20caderninho%20preto.doc

domingo, 27 de setembro de 2009

Exercícios de acentuação

Oi, turma,

É a vez da ortografia. Faça os exercícios de acentuação.

Exercício disponível para download no link abaixo:

http://cid-1c824aadcba8f737.skydrive.live.com/self.aspx/Material%20Blog/acentua%c3%a7%c3%a3o%20material%20do%20blog.doc

Hipercartão: divirta-se

A figura abaixo foi feita a partir de uma folha de comum de papel. Observa-a. Você acha possível reproduzi-la recortando e dobrando a folha ou é preciso colar uma parte? Esse truque, conhecido como hipercartão, é divertido para festas. Construa um modelo da figura e coloque-o sobre a mesa. Distribua papel e tesouras para os convidados e peça que eles reproduzam o modelo, sem tocá-lo.
(superinteressante.jun.2002)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Link: NA DÚVIDA Nova Escola responde.

Olá, turma,
Acessem o site da revista Nova Escola, no endereço: www.revistaescola.abril.com.br. Em sua página principal, vocês encontrarão um rico material para pesquisa.
Cliquem no link: Na DÚVIDA? Nova Escola responde e em sguida na pergunta: Quais são as árvores brasileiras que estão em extinção? Leiam a página e fiquem por dentro.
Sabemos que são muitos os gritos de socorro em nosso Planeta: dos homens, das plantas, dos animais, da terra, da água.
Nossa missão é a de CUIDAR para não desaparecer. Conhecer para ajudar. Comece já. Faça sua parte.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Teste seus conhecimentos ortográficos

Oi turma,
teste seus conhecimentos ortográficos.
Entre no endereço e confira. Envie seu comentário. Estou aguardando.

http://veja.abril.com.br/idade/testes/reforma-ortografica.shtml

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cultura popular é a nossa
Thais Gurgel mailto:thais.gurgel@abril.com.br
WriteAutor ('Thais Gurgel');

TIÃO ROCHA.


O educador Tião Rocha, fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, tem uma forma de se apresentar que já virou bordão: “antropólogo por formação, educador popular por opção política, folclorista por necessidade e mineiro por sorte.” É, então, sobre a sua “necessidade” que nos interessamos na entrevista a seguir. Nela, discutimos o que pode ser entendido por folclore e a relação desse conjunto de saberes e expressões com o dia-a-dia da escola. Para ele, ainda há um salto a ser dado nessa área. “A escola não tem coragem de colocar o folclore na sua atividade básica”, diz. “E com isso não se propõe a aprender a cultura das pessoas.”


Como surgiram os estudos do folclore e com que viés foram produzidos os primeiros trabalhos na área no Brasil?


TIÃO ROCHA O termo folclore nasceu na Inglaterra praticamente junto com a Antropologia, na segunda metade do século 19 – época em que o Império Inglês vivia em plena expansão. Ao contrário do que fizeram os dominadores do século 16, que usaram seus mitos, por meio da cultura e da religião, para justificar a dominação das colônias, no século 19 recorreu-se à ciência para promover a aculturação. A antropologia surgiu para estudar os povos chamados “primitivos” de fora da Europa. Mas os “primitivos” da Europa – camponeses e artesãos - também precisavam ser conhecidos, apreendidos e dominados. A palavra folclore surgiu, assim, para estudar os costumes e os valores dos povos que, dentro da lógica antropológica, eram cidadãos de segunda categoria. O sentido era tirar deles o que tinham e usá-los como instrumento de apropriação e dominação. Então, essa palavra traz consigo a característica de tomar o outro como desigual. No Brasil, os estudos de folclore começaram a ser realizados no início do século 20, e nossos intelectuais da época usaram isso como instrumento para estudar “os outros” - o estranho, o de longe, o da roça, o negro, o do meio do mato, o analfabeto. Todo esse ranço de discriminação infelizmente está aí até hoje.O que ocorreu um pouco na contramão disso foi o movimento modernista de 1922. Ele propunha romper com a cultura européia e pensar na brasileira, partindo dos brasileiros, sem depender do controle externo. Além do desenvolvimento da pintura, da gravura e da música, a Semana de Arte Moderna também mostrou esse mergulho de procurar nas raízes da cultura brasileira o seu valor. Não mais no sentido do olhar sobre os desqualificados, mas buscando valores que pudessem se afirmar como uma nacionalidade brasileira. Esse movimento abriu perspectivas de estudos mais sistemáticos sobre cultura popular, que redundou em trabalhos como o de [Luis da] Câmara Cascudo [autor, entre outras obras, do Dicionário do Folclore Brasileiro, 1954, Global Editora, 774 págs., 98 reais, tel. (11) 3277-7999], que já tem um sentido muito mais ligado à aprendizagem. A ideia desses folcloristas não era dominar, mas ainda trabalhavam sob a perspectiva do exótico, do diferente. Hoje já se pode dizer que há menos preconceito, mas infelizmente ele ainda existe. E as escolas continuam repetindo esse padrão.


Como podemos definir hoje o que é folclore?


TIÃO O que chamamos de folclore é a cultura popular tradicional, que se mantém pela tradição. As pessoas aprendem no fazer, dando resposta às suas necessidades. Imagine que um indivíduo teve uma necessidade de qualquer natureza: ele estava com fome, pegou uma fruta e comeu. Ele pôs na boca, porque achou que aquilo ia matar a sua fome. Com isso, descobriu muitas coisas: que tinha sabor, que era prazeroso, etc. Ou então que matava a fome, mas que dava dor de barriga. É ação e reação imediata. A partir de uma necessidade, ele precisa de uma resposta. Se essa resposta funcionou uma, duas, três vezes, você passa a usá-la. Isso chama-se uso. ‘Eu uso isso quando tenho tal dor’, por exemplo. Esse uso individual e rotineiro vai se constituir em um hábito. Quando isso sai do âmbito individual e vai para a coletividade da família, do grupo, esse hábito vira costume, porque deixou de ser uma resposta individual para ser do coletivo. As pessoas sabem que comer tal coisa funciona ou não, e repassam isso. Com o tempo, essas coisas vão sendo passadas e incorporadas e assim viram tradição. E a tradição não é algo do passado, é contemporânea, é o que você vê hoje, o que chegou aos dias atuais.


De que forma a escola pode trabalhar as culturas populares?


TIÃO Todos os meninos brasileiros poderiam encontrar na escola um espaço para levar, discutir e trocar a cultura apreendida em casa, na rua e no bairro. Trabalhar com as tradições que ainda se mantêm. Pode ser na avenida Paulista, na favela, no Morumbi ou no campo, no centro ou na periferia. O que as pessoas daquela rua, daquele prédio têm de tradições? Veríamos muitas coisas: regras, cantigas de ninar, provérbios, pensamentos, linguagem oral. E é isso que os meninos carregam consigo quando chegam à escola, essa cultura caseira - em qualquer família, não importa o nível econômico. Isso deveria ser usado para facilitar a entrada na escolaridade. As histórias que ouviram da avó, da mãe, as cantigas de ninar, os ritos de passagem – como a família comemora aniversários, casamentos, batizados -, os brinquedos, as brincadeiras. Conhecer tudo isso é melhor do que aprender sobre Saci – algo que para a maioria é um negócio quase extra-terrestre.


O trabalho estereotipado com mitos e lendas (como a do Saci, da Iara e do Curupira) tornou-se praticamente o único a ser realizado nas escolas. De onde vem essa tradição e por que ela é prejudicial?


TIÃO O modelo seletivo e discriminatório do início do século sobre a cultura popular continua a vigorar e se relaciona com as várias formas de preconceito existentes. Isso entra na escola porque nós vivemos numa sociedade bipolar, dicotômica: são os superiores e os inferiores, o branco e o negro, o homem da cidade e o da roça, o do centro e o da periferia. Essa dicotomia se reproduz na vida e também nos padrões de ensino. Mitos como o do Saci e do Curupira passaram pela “folclorização” da cultura popular, o que em si já é uma grande discussão. Transformaram-se, nessa abordagem, em uma coisa descontextualizada, que ficou presa num passado remoto e, em geral, acaba nem tendo sentido na atualidade. O problema é a cultura popular se resumir a emblemas que estarão presentes e serão comemorados apenas eventualmente na escola. É a mesma coisa que se fez com o índio, com o meio ambiente, com o dia da árvore: durante todo o resto do ano, esses temas não interessam. Isso transforma a cultura popular em um produto, algo sem sentido, desconectado de qualquer lógica que sobreviva por si. Infelizmente, o que a nossa escola vem fazendo com a cultura popular é um desperdício. Ela não tem coragem de colocar isso na sua atividade básica, não se propõe a aprender a cultura das pessoas.


É importante a escola trabalhar outras culturas populares, que não a da comunidade em que está inserida?


TIÃO Eu acho que é importante, desde que ela comece pela cultura de seu aluno. Se ela começa com aquilo que o aluno traz, fica mais fácil para ele entender todas as outras, do ponto de vista da diversidade cultural. A criança só pode entender a diversidade se ela se sente parte disso. Caso contrário, será sempre o outro, o diverso, que cai na perspectiva do exótico. O que é diferente costuma ser complicado, porque não figura como igual. Se as crianças perceberem que elas jogam amarelinha de um jeito em seus contextos, e que a brincadeira se faz de outra forma no bairro vizinho, elas passam a encarar as duas formas de brincar como semelhantes.

Qual a relação das culturas populares com a formação da identidade da criança e com a constituição de uma identidade nacional?


TIÃO As crianças precisam passar por um processo de apropriação coerente com a sua idade, o seu ritmo e seu contexto. Não faz muito sentido nem acelerar esse processo nem pular etapas. A criança não vai se sentir brasileira antes de reconhecer a sua família. Não adianta falar de outro mundo se ela não conseguir perceber a sua rua, o seu bairro, a sua pequena comunidade – aquilo que é visível, palpável, o que ela toca. Depois disso é que ela começa a perceber que consegue participar de outras coisas e vai se sentir brasileiro. A meu ver, esse é o processo para que ela se sinta cidadã do mundo. A escola tem que conversar com o mundo, mas não adianta querer falar da China só porque está na onda, é o país do futuro. Falar da China vem depois de se falar da gente.


Quando se pensa em folclore, é comum associar suas expressões à cultura oral. Isso dá margem a pensar que cultura popular e escrita são incompatíveis. Essa ideia tem fundamento?


TIÃO Isso tem a ver com as origens da cultura popular tradicional. Se o povo que era detentor da cultura não tinha acesso à escrita - código que era próprio das classes abastadas - ele era ágrafo. A oralidade tem sido o maior instrumento de manutenção, de manifestação e de preservação da cultura popular. Portanto, ela é muito mais vulnerável e a tendência é ela se perder porque não se cristaliza no registro, no documento escrito, sistematizado. Mas o fato de as pessoas passarem a dominar esses códigos e produzir registros escritos não significa que elas foram perdendo a sua tradição.


As produções contemporâneas podem virar folclore?


TIÃO Sim. Vamos pensar na questão dos ritmos musicais do Brasil. Qual é a possibilidade de os axés um dia se transformarem e virarem cultura popular? Esse processo é resultado da apropriação e da incorporação como valor pelo povo. Isso já ocorreu com outros elementos que vieram de uma produção de elite - a valsa, por exemplo, que se transformou nos xotes populares, na dança. O mesmo aconteceu com outros tipos de música como o xaxado, as modas de viola. Há um processo de apropriação do popular e, se fizer sentido, cria-se um valor nisso para aquela gente. Ao mesmo tempo há o artesanato tradicional, por exemplo, que atende a determinada função, mas que vai mudando. Em função do tempo que passa, da modernidade, certos elementos vão sofrendo alterações. Alguns se mantêm, outros não, e surgem novos. Por isso, as produções contemporâneas podem virar folclore um dia. Trata-se de um processo que fica cada vez mais complexo, ainda mais se consideramos a atual velocidade e facilidade das conexões imediatas da internet e as informações vindas de toda parte do mundo.
QUIZ - É FOLCLORE OU NÃO É?
Acesse o link abaixo e responda as perguntas.